domingo, 22 de novembro de 2009

GH Metallica

Quando o Metallica foi formado, em 1981, jogos como “Guitar hero” e “Rock band” seriam aceitos, no máximo, como ficção científica das mais fajutas ou uma péssima ideia em um filme adolescente. Mas, quase 30 anos depois, os jogos musicais faturam milhões, conquistam o mundo e mostram que apostar em canais alternativos para divulgar música já é prática natural para quem um dia foi às armas contra o site de compartilhamento de arquivos Napster.

Em “Guitar hero” você tem o Metallica com aquela energia abandonada por alguns anos, e só recentemente recuperada no disco “Death magnetic”. De “Whiplash” (“Kill 'em all”, 1983) até “All nightmare long” (“Death magnetic”, 2008), passando por todos os clássicos, as 28 músicas parecem ter sido compostas para o jogo, tamanha a sintonia de riffs e melodias com o sistema de guitarras de plástico de “Guitar hero”.

Com o kit completo do jogo, é possível também cantar e tocar bateria. Assim como em “Guitar hero Aerosmith” (2008), o jogo assume ares de documentário e dá de presente vídeos de bastidores e cenas raras de shows. Você tem o baterista Lars Ulrich se matando para não rir durante a captura de movimentos de “The shortest straw” e a banda se apertando num palco minúsculo em Nashville (Tennessee, EUA) para tocar “For whom the bell tolls”.

Apesar do pacote caprichado, carregado de extras e com uma trilha sonora quase impecável – faltou Sepultura, faltou Black Sabbath -, “Guitar hero Metallica” deixa buracos no roteiro. Os baixistas anteriores, Cliff Burton e Jason Newsted, são apenas mencionados superficialmente, sem qualquer homenagem “física” na forma heróis do palco.

A carreira da banda também fica fragmentada, sem uma narração cronológica. Quem perde com isso é a molecada, que talvez só tenha conhecido o Metallica depois de passar dezenas de horas tocando solos em botões coloridos.

Fonte :
http://g1.globo.com/Noticias/Games/0,,MUL1116510-9666,00.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário